
Um anúncio que tenta despertar para a problemática da SIDA está a ser fortemente criticado por várias associações de caridade que o encaram como estigmatizante em relação aos doentes. O filme, que tem como assinatura “A SIDA é um assassino em série” estabelece um paralelismo entre a SIDA e o ditador alemão Adolf Hitler, Saddam Hussein e Joseph Stalin. A campanha decorre num ambiente de sensualidade constante e termina de forma chocante com um close-up na cara do actor masculino.
Pensado para coincidir com o Dia Mundial da SIDA (1 Dezembro), o filme está a recolher bastantes críticas negativas, tendo sido inclusive retirado youtube.
Conseguimos dizer muitas vezes que estamos fartos de anúncios alusivos a detergentes mas não paramos para pensar que estes são igualmente responsáveis por estereótipos onde a mulher é o elemento central de toda a comunicação. Neste caso estamos tão habituadas à mãe que limpa e dá o xarope, ao homem que conduz o carro que nem nos lembramos que estes anúncios são igualmente estigmatizantes.
Consigo porem compreender a polémica gerada à volta da questão, contudo acho que o objectivo desta campanha não passa por apontar o portador de HIV como alguém irresponsável o intuito é estabelecer um paralelismo entre ditadores que tal como a esta doença já matou milhares de pessoas.
Acredito na publicidade como veículo de debate, se pensarmos nas polémicas campanhas realizadas pelo célebre fotógrafo italiano Oliveiro Toscani associadas à marca Benetton conseguimos compreender que o que incomoda “fala”…….
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