Gosto de pessoas com textos inteligentes, por isso aqui fica a partilha de uma blogger que costumo seguir "Rititi Blogue Rosa Cueca"
Quando o José Mascarenhas me convidou para fazer parte da revista Penthouse, só tive uma coisa clara: nunca escrever como se os homens fossem parvos, idiotas ou simplesmente ignorantes. Eu gosto muito de homens e sinto muitíssimo respeito por eles, razão pela qual esta coluna nunca serviria para explicar aos leitores como se faz um minete, quais os truques infalíveis para alongar o orgasmo feminino ou outros usos a dar às ferramentas de cozinha. Eu sei que vocês sabem. De sexo, quanto muito, sei do meu. A vocês pouco poderia esclarecer: estou convencida que os leitores da Penthouse são homens inteligentes, experientes e curiosos que quando têm dúvidas as resolvem com as namoradas, as mulheres ou os engates a meia tarde no escritório porque é a elas a quem têm que dar satisfações na cama (ou no sofá, no chão da cozinha, ou contra a porta da casa de banho). Eu, como muito, estou aqui para escrever sobre que gosto e o que não.
Infelizmente, esta declaração de intenções sobre a inteligência masculina, que a mim me parece básica para facilitar as relações e a vida entre os sexos, não é fácil de encontrar no dia-a-dia. Estou farta de ouvir mulheres a refilar porque os homens em geral e os maridos e os namorados em particular são uns autênticos imbecis, uns desgraçados a quem têm que passar o dia a dar instruções como se de seres inúteis e acéfalos se tratassem. Desde revistas e programas de rádio a conversas de café, parece que não há mulher que não se queixe dos gajos: não cozinham, não arrumam a casa, ignoram o normal funcionamento da máquina de lavar roupa, se têm filhos são uns trastes capazes de os deixar morrer à fome, uma desgraça. Também não percebem nada de moda, os desgraçados, nem de decoração de interiores; se não fosse pelas namoradas eram gajos para ir em calças de ganga e ténis ao casamento da prima e não acertam nunca com as prendas do dia dos namorados. Só se interessam por futebol, a contratação do Coentrão pelo Real Madrid e as novas aplicações do iPad. Os gajos são uns merdas, pronto, um castigo inevitável que as mulheres sofrem desde os primórdios dos tempos, uma espécie de período, de depilação, de celulite permanentes. Ainda bem que estamos cá nós para endireitar os destinos da Humanidade. Nem sei como não demos todas em lésbicas, palavra de honra.
E depois, estas mesmas mulheres que tratam os namorados como se fossem crianças, sempre a corrigir-lhes os erros com esse tonzinho displicente de “deixa lá, criatura, que eu trato”, queixam-se que o sexo não é bom. Dizem que eles não dão uma para a caixa, que o sexo oral é desastroso, que não querem saber das suas fantasias, que não se aproximam, não as seduzem. Ó minha boa gente: mas do que é que estavam à espera? Os gajos nem se atrevem, tal é a perspectiva a levar com uma censura se se enganam a desabotoar o sutiã, ou se o coito demora pouco tempo, ou se entretêm demais a brincar com as mamas, ou não acertam lá em baixo com a confusão de pernas, lençóis e a escuridão do quarto. “Porra”, devem pensar, ”o melhor é estar-me quietinho, não vá ser que ainda leve na cabeça”. Se ela gosta da posição do missionário então fica-se por aí e assunto resolvido. E elas, amuadas, lá vão a correr a fazer queixinhas às amigas. E conversar com o homem que escolheram para partilhar a vida e a cama, não? E que tal abandonarem essa postura mãezinhas e começarem a gostar deles, a relacionarem-se com os homens de iguais a iguais, a puxar por eles, a mostrar-lhes como querem que ser beijadas, lambidas, tocadas? O sexo é uma coisa de dois (ou de três, vá lá, com um bocado de sorte), assim que mais vale tirar as dúvidas com quem gostamos. Ninguém nasce ensinado, nem sequer vocês, suas chatas!
Fonte:Quando o José Mascarenhas me convidou para fazer parte da revista Penthouse, só tive uma coisa clara: nunca escrever como se os homens fossem parvos, idiotas ou simplesmente ignorantes. Eu gosto muito de homens e sinto muitíssimo respeito por eles, razão pela qual esta coluna nunca serviria para explicar aos leitores como se faz um minete, quais os truques infalíveis para alongar o orgasmo feminino ou outros usos a dar às ferramentas de cozinha. Eu sei que vocês sabem. De sexo, quanto muito, sei do meu. A vocês pouco poderia esclarecer: estou convencida que os leitores da Penthouse são homens inteligentes, experientes e curiosos que quando têm dúvidas as resolvem com as namoradas, as mulheres ou os engates a meia tarde no escritório porque é a elas a quem têm que dar satisfações na cama (ou no sofá, no chão da cozinha, ou contra a porta da casa de banho). Eu, como muito, estou aqui para escrever sobre que gosto e o que não.
Infelizmente, esta declaração de intenções sobre a inteligência masculina, que a mim me parece básica para facilitar as relações e a vida entre os sexos, não é fácil de encontrar no dia-a-dia. Estou farta de ouvir mulheres a refilar porque os homens em geral e os maridos e os namorados em particular são uns autênticos imbecis, uns desgraçados a quem têm que passar o dia a dar instruções como se de seres inúteis e acéfalos se tratassem. Desde revistas e programas de rádio a conversas de café, parece que não há mulher que não se queixe dos gajos: não cozinham, não arrumam a casa, ignoram o normal funcionamento da máquina de lavar roupa, se têm filhos são uns trastes capazes de os deixar morrer à fome, uma desgraça. Também não percebem nada de moda, os desgraçados, nem de decoração de interiores; se não fosse pelas namoradas eram gajos para ir em calças de ganga e ténis ao casamento da prima e não acertam nunca com as prendas do dia dos namorados. Só se interessam por futebol, a contratação do Coentrão pelo Real Madrid e as novas aplicações do iPad. Os gajos são uns merdas, pronto, um castigo inevitável que as mulheres sofrem desde os primórdios dos tempos, uma espécie de período, de depilação, de celulite permanentes. Ainda bem que estamos cá nós para endireitar os destinos da Humanidade. Nem sei como não demos todas em lésbicas, palavra de honra.
E depois, estas mesmas mulheres que tratam os namorados como se fossem crianças, sempre a corrigir-lhes os erros com esse tonzinho displicente de “deixa lá, criatura, que eu trato”, queixam-se que o sexo não é bom. Dizem que eles não dão uma para a caixa, que o sexo oral é desastroso, que não querem saber das suas fantasias, que não se aproximam, não as seduzem. Ó minha boa gente: mas do que é que estavam à espera? Os gajos nem se atrevem, tal é a perspectiva a levar com uma censura se se enganam a desabotoar o sutiã, ou se o coito demora pouco tempo, ou se entretêm demais a brincar com as mamas, ou não acertam lá em baixo com a confusão de pernas, lençóis e a escuridão do quarto. “Porra”, devem pensar, ”o melhor é estar-me quietinho, não vá ser que ainda leve na cabeça”. Se ela gosta da posição do missionário então fica-se por aí e assunto resolvido. E elas, amuadas, lá vão a correr a fazer queixinhas às amigas. E conversar com o homem que escolheram para partilhar a vida e a cama, não? E que tal abandonarem essa postura mãezinhas e começarem a gostar deles, a relacionarem-se com os homens de iguais a iguais, a puxar por eles, a mostrar-lhes como querem que ser beijadas, lambidas, tocadas? O sexo é uma coisa de dois (ou de três, vá lá, com um bocado de sorte), assim que mais vale tirar as dúvidas com quem gostamos. Ninguém nasce ensinado, nem sequer vocês, suas chatas!
Fonte: http://www.rititi.com/2011/09/18/penthouse-de-agosto-gostar-de-gajos/
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