Hoje por entre o
pouco trabalho típico de um feriado que não me presenteou, lembrei-me de ti,
sim de ti de ti que durante noites e tardes me ouviste e acompanhaste nas
alegrias e tristezas nos amores e desamores, nas rectas e nas curvas… Tu
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Prestes a fazer
uma ano que não te via, não te falava, não te sentia nem cheirava, senti a tua
falta, falta do meu companheirismo e amizade de longa data.
Na verdade foste
“permutado” por um marido e por um filhote que me absorvem as horas os minutos
e segundos de cada dia.
Tudo aquilo que
dizem sobre a maternidade confirma-se, a nossa vida passa subitamente para
segundo plano e damos prioridade a um ser tão pequeno mas imensamente grande na
sua capacidade de metamorfosear tudo aquilo que conhecemos.
Hoje sou e continuo
a ser a mesma (nisso não concordo com os outros quando dizem que mudamos depois
de passar pela maternidade, continuo a ser a Filipa que sente da mesma maneira
e pensa como sempre pensou) ganhei a melhor prenda do mundo e com isso renunciei
um pouco do tempo que era meu.
Nesta coisa da
maternidade ninguém assume que nos primeiros tempos vamos andar perdidas, vamos
desejar ter um mapa que não existe, vamos rir mas também vamos chorar, vamos
querer estar presentes mas também vamos querer fugir.
Contudo com o tempo reaprendemos a organizar a
nossa vida, o nosso tempo as nossas prioridades, eu ainda estou a viver essa
aprendizagem e a tentar abraçar ao máximo todos os “lados” do meu eu, todos os
dias desejo que o dia fosse maior para poder mostrar, partilhar falar com todos
aqueles que nestes últimos meses tem pacientemente sentido a minha ausência de
mãe de primeira viajem.
E por isso hoje
lembrei-me de ti…
E eu esperei (pacientemente) por ti....
ResponderEliminarValeu a pena a esperar para poder ler-te e sentir este teu jeitinho de transmitir afectos, sensações, vontades, incertezas, conquistas e deambulações.
Quanto mais o tempo passa mais gosto de ti, sobrinha primogénita.